Leitura e escrita
Oi, pessoal! A motivação para criar este blog surgiu da angústia observada em muitos professores da Educação Básica ao constatarem que seus alunos não têm o domínio da leitura para a interpretação de textos simples. Podemos trocar ideias sobre essa realidade.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Para começo de conversa...
O que vem antes: ponto a ponto
•O capitalismo é intrinsecamente impeditivo da universalização da dignidade humana, promovendo a miséria e a ausência ou precariedade de direitos para a maioria da população.
•Existem educadores comprometidos, em maior ou menor grau, com a transformação dessa sociedade numa sociedade justa e humanizada.
•Essa é uma forma de pensar, um desejo que, numa sociedade capitalista, não é proclamado pela maioria, nem dentro nem fora da escola.
•Mesmo não sendo a escola a instituição desencadeadora do processo de humanização do homem, ela pode criar algumas formas possíveis de intervenção nessa direção.
•Nenhuma escola é uma ilha e não há nenhum espaço educativo que seja completamente de um jeito só.
•Cada escola contém elementos contraditórios, forças, mesmo que pouco nítidas, que se opõem, elementos arcaicos e avançados, desejos amortecidos, desejos de mudança, desejos de permanência, desejos nem descobertos...
•Assim, a escola sempre tem em seus quadros profissionais mais e menos progressistas, mais e menos conservadores e até mesmo aqueles que expressam indiferença (e que com sua passividade ajudam as coisas permanecerem do jeito que se apresentam). Nessa perspectiva, a escola pode e não pode promover mudanças, simultânea e contraditoriamente.
•A instituição “pura”, que alguns podem idealizar, com os seus profissionais harmonicamente seduzidos por uma mesma ideia motriz, a de humanizar o homem do qual falamos, só existe no desejo de alguns que têm tal intenção como norte para a sua ação pedagógica.
•Na própria vida não há espaço para tal pureza de intenções, sem nenhuma força que a ela se oponha ou, no mínimo, que a ela atribua outras tonalidades, mais e menos fortes;
•Não existem, pois, no âmbito da realidade concreta, escolas boas que se oponham a escolas más. Por mais que uma escola tenha uma tendência a ser mais conservadora (ou progressista), ela conviverá com elementos que se oponham à sua tendência mais geral.
•Quando o educador persegue em seu cotidiano o compromisso com a humanização do Homem, uma de suas metas de vida passa a ser a construção diária de coerência entre seu discurso e sua prática, já que, de um modo geral, somos formados numa conjuntura histórica que aceita e até estimula a incoerência entre palavras e gestos.
•Nesse processo de crescimento, está presente o esforço desse educador para tentar reduzir dentro de si o jeito linear, dogmático e simplista que, não raras vezes, caracteriza a sua postura diante da vida, de si próprio e outro.
•O esforço por fazer do discurso uma prática de vida dá-se dentro e fora da escola. E tal entendimento não vem sozinho, ele nos atinge todo o cotidiano e nos coloca diante do nosso modo de viver, nos mais variados âmbitos de nossa vida.
•Para se tornar viável, o jeito de ser e de agir desse educador deve ser construído com humildade e junto com aos outros, coletivamente [...].
•As tentativas de realização de um trabalho coletivo têm mostrado importantes formas de se compartilhar dúvidas, avanços, fracassos e recomeços de quem não quer sucumbir às forças conservadoras.
•Trabalho coletivo não quer dizer necessariamente trabalho de todos, com todos, durante todo o tempo. Também não é apenas o convívio entre iguais (se é que alguém é alguém é igual a alguém...). O desejável, é óbvio, não é o estímulo a posturas sectárias que não ajudem a construir possibilidades de trabalho conjunto e emperram o diálogo.
•A própria composição política da escola vai mostrando quem são os pares que mais se identificam. E no próprio dia-a-dia, pela forma de trabalhar de cada um, as afinidades vão se explicitando.
•Habilidades devem ser estimuladas de modo a combinar aproximações político-pedagógicas entre profissionais para que, juntos, encontrem mais habilmente maneiras de ampliar o número de educadores comprometidos com uma visão crítica de educação.
[...]
Fragmento do texto O que vem antes: ponto a ponto
LOZZA, Carmem. Escritos sobre jornal e educação: olhares de longe e de perto; São Paulo: Global, 2009.
Postado por Luciane às 07:16 0 comentários
Segunda-feira, 27 de Julho de 2009
O que outras pessoas dizem...
Postado por Luciane às 19:02 0 comentários
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•O capitalismo é intrinsecamente impeditivo da universalização da dignidade humana, promovendo a miséria e a ausência ou precariedade de direitos para a maioria da população.
•Existem educadores comprometidos, em maior ou menor grau, com a transformação dessa sociedade numa sociedade justa e humanizada.
•Essa é uma forma de pensar, um desejo que, numa sociedade capitalista, não é proclamado pela maioria, nem dentro nem fora da escola.
•Mesmo não sendo a escola a instituição desencadeadora do processo de humanização do homem, ela pode criar algumas formas possíveis de intervenção nessa direção.
•Nenhuma escola é uma ilha e não há nenhum espaço educativo que seja completamente de um jeito só.
•Cada escola contém elementos contraditórios, forças, mesmo que pouco nítidas, que se opõem, elementos arcaicos e avançados, desejos amortecidos, desejos de mudança, desejos de permanência, desejos nem descobertos...
•Assim, a escola sempre tem em seus quadros profissionais mais e menos progressistas, mais e menos conservadores e até mesmo aqueles que expressam indiferença (e que com sua passividade ajudam as coisas permanecerem do jeito que se apresentam). Nessa perspectiva, a escola pode e não pode promover mudanças, simultânea e contraditoriamente.
•A instituição “pura”, que alguns podem idealizar, com os seus profissionais harmonicamente seduzidos por uma mesma ideia motriz, a de humanizar o homem do qual falamos, só existe no desejo de alguns que têm tal intenção como norte para a sua ação pedagógica.
•Na própria vida não há espaço para tal pureza de intenções, sem nenhuma força que a ela se oponha ou, no mínimo, que a ela atribua outras tonalidades, mais e menos fortes;
•Não existem, pois, no âmbito da realidade concreta, escolas boas que se oponham a escolas más. Por mais que uma escola tenha uma tendência a ser mais conservadora (ou progressista), ela conviverá com elementos que se oponham à sua tendência mais geral.
•Quando o educador persegue em seu cotidiano o compromisso com a humanização do Homem, uma de suas metas de vida passa a ser a construção diária de coerência entre seu discurso e sua prática, já que, de um modo geral, somos formados numa conjuntura histórica que aceita e até estimula a incoerência entre palavras e gestos.
•Nesse processo de crescimento, está presente o esforço desse educador para tentar reduzir dentro de si o jeito linear, dogmático e simplista que, não raras vezes, caracteriza a sua postura diante da vida, de si próprio e outro.
•O esforço por fazer do discurso uma prática de vida dá-se dentro e fora da escola. E tal entendimento não vem sozinho, ele nos atinge todo o cotidiano e nos coloca diante do nosso modo de viver, nos mais variados âmbitos de nossa vida.
•Para se tornar viável, o jeito de ser e de agir desse educador deve ser construído com humildade e junto com aos outros, coletivamente [...].
•As tentativas de realização de um trabalho coletivo têm mostrado importantes formas de se compartilhar dúvidas, avanços, fracassos e recomeços de quem não quer sucumbir às forças conservadoras.
•Trabalho coletivo não quer dizer necessariamente trabalho de todos, com todos, durante todo o tempo. Também não é apenas o convívio entre iguais (se é que alguém é alguém é igual a alguém...). O desejável, é óbvio, não é o estímulo a posturas sectárias que não ajudem a construir possibilidades de trabalho conjunto e emperram o diálogo.
•A própria composição política da escola vai mostrando quem são os pares que mais se identificam. E no próprio dia-a-dia, pela forma de trabalhar de cada um, as afinidades vão se explicitando.
•Habilidades devem ser estimuladas de modo a combinar aproximações político-pedagógicas entre profissionais para que, juntos, encontrem mais habilmente maneiras de ampliar o número de educadores comprometidos com uma visão crítica de educação.
[...]
Fragmento do texto O que vem antes: ponto a ponto
LOZZA, Carmem. Escritos sobre jornal e educação: olhares de longe e de perto; São Paulo: Global, 2009.
Postado por Luciane às 07:16 0 comentários
Segunda-feira, 27 de Julho de 2009
O que outras pessoas dizem...
Postado por Luciane às 19:02 0 comentários
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segunda-feira, 27 de julho de 2009
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